segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

AVALIAÇÕES - Jurado: TDK

A seguir a avaliação do jurado TDK para o jogo Ascenção.


ASCENÇÃO

[+] Boa música no menu inicial (Stairway to the Heaven).
[++] Boa introdução.
[-] Imagens toscas e ambiente infantil (introdução).
[+] Boa trilha sonora (introdução).
[-] Leitura desagradável (erros de português e rimas pobres).
[+] Boa música (Nothing Else Matters).
[+] Puzzle inteligente (segundo puzzle).
[--] Erros graves de mapeamento (terceiro mapa).
[+] Puzzle inteligente (terceiro puzzle).
[--] Falta completa de explicação nos puzzles (modo hard).
[-] Dicas irrelevantes ou óbvias (modo easy).
[+++] Puzzles, em geral, inteligentes.
[-] Char nu e cru? Não podia nem vestir uns trapos?
[+] Recurso criativo (nadar e mergulhar).

Ø  Enredo
-Evolução (0,1 de 2)
Primeiro o personagem morre, depois lhe é oferecida a chance de voltar à vida, então ele segue por inúmeros desafios e recupera a vida. De fato, a trama evolui, porém não consigo explicar o porquê de nenhuma das sentenças enunciadas. Sinceramente, não é porque o enredo é desnecessário que ele deve ser ausente.
-Estrutura e composição (0 de 2)
O que pode ser avaliado é a progressão, firmemente linear, dentre os desafios. Há apenas um personagem, um coadjuvante (o ajudante no modo easy) e um vilão redondo (Hades). Como não há acontecimentos no enredo para se avaliar – pela mera ausência de uma história – é impossível pontuar a maioria dos critérios nesse item.
-Inovação (0,5 de 2)
                A idéia de fugir dos covis de Hades é um estereótipo e tanto na mitologia grega. Mas para um jogo a trama é um tanto criativa, principalmente da forma que fora feita. É uma pena que não haja uma história por volta dessa boa idéia.
-Expressão (0 de 1,5)
 As cenas de introdução possuem traços bem infantis, embora o jogo siga uma linha padrão quanto ao visto no RPG’s tradicionais. Porém, da forma que fora construído, o jogo tem foco bem maior na diversão que na expressão, de tal forma que, embora seja muito agradável de jogar, deixa de lado até mesmo os mais básicos elementos de um enredo.
-Ortografia (1,2 de 1,5)
                Pude notar alguns casos isolados de erros de concordância verbal ou nominal.
-Formatação (0,7 de 1)
            Pude observar a ocorrência de uso indevido de parênteses várias vezes, pois não se deve usá-los em diálogos. Ainda, o autor poupou demais sentenças necessárias para explicar ou orientar o jogador, de tal forma que a maioria dos diálogos se encerra em duas ou três mensagens. Seria mais interessante se as informações fossem passadas aos poucos, com um parágrafo para cada mensagem importante.
Total (2,5 de 10)
Ø  Gráficos
-Originalidade (0 de 2)
            O que se observa nesse jogo pode ser visto em qualquer jogo de RMXP baseado nos recursos do RTP.
-Inovação (1 de 2)
Embora o uso dos gráficos em algumas partes possa ser bem original, como as alterações de cores de elementos para desafios, todos (ou a grande maioria de) os elementos podem ser encontrados no RTP.
            -Compatibilidade (0,8 de 1)
            Destaco a quebra de traço encontrado na introdução em face ao núcleo do jogo. Visto que se trata de um trabalho amador, é justificável a falta de qualidade nos gráficos produzidos, porém o contraste entre os estilos é imenso e pode ser atenuado. No restante, os elementos do RTP são completamente compatíveis entre si.
-Picture, Title e Game Over (0,6 de 1)
            A tela de Game Over tanto quanto a de título são as padrões do RTP, o que denuncia o descaso do autor quanto à originalidade do projeto nesses dois aspectos. De qualquer forma, mesmo sendo de baixa qualidade, os recursos de imagem na introdução e no final são originais e enriquecem muito a cena.
-Characters e Battlers (0,5 de 1)
            Por via do tipo de jogo, avaliam-se somente os characters para esse item. São, em maioria, do RTP. Ressalva para o character principal, o qual, sem explicação por parte do jogo, se encontra nu.
- Fog, battleback e panorama (0,8 de 1)
            Os efeitos de Fog foram muito bem utilizados, e dão um bom acabamento aos mapas, refinando os cenários e enriquecendo os efeitos visuais na tela. Por via do tipo de jogo, não se avaliam os fundos de batalha.
-Tileset e Autotile (0,5 de 1)
                Todos contidos no oferecido pelo RTP.
-Animation, transition, icon e Windowskin (0,8 de 1)
                A windowskin é original, porém não converge nem com o ambiente nem com o tema do jogo. O autor fez um ótimo trabalho com as animações nos mapas, tomando cuidado até nos detalhes mais despercebidos. Por via do tipo de jogo, não se avalia nem animações de batalha nem ícones no menu.
Total (5 de 10)
Ø  Trilha sonora
-Originalidade (1,4 de 2)
                A trilha sonora usada no jogo se destaca bastante do que é visto normalmente em projetos de RPG Maker. Embora seja possível encontrar trilhas tão boas quanto essas em outros jogos conhecidos, é preciso notar que esse tipo de adição é extremamente beneficial ao jogo. De qualquer forma, as trilhas não são originais do autor, por isso ainda há o que melhorar nesse critério.
-Inovação (1 de 2)
            Embora as músicas usadas no projeto sejam bem conhecidas, para um jogo de RPG Maker, é raro se deparar com tal composição de trilha. Os efeitos sonoros são bem utilizados, embora sejam os mesmos de todos os jogos de RMXP. A prova da inovação no uso dos sons do jogo é a ocorrência de puzzles com identificação de sons e tons.
- Harmonia (1,7 de 2)
            Por serem reproduções sintetizadas, as músicas da trilha acabam ficando saturadas de efeitos artificiais, prejudicando a qualidade da música. É possível notar, em certas partes, picos de volume desnecessários para o ambiente ou cena em questão.
-BGM (1,5 de 1,5)
            Não só pela qualidade das musicas de sua composição, mas também por sua conveniência nos mapas e cenas onde cada música entra, posso qualificar a trilha como de melhor qualidade possível a par de um jogo amador de RPG Maker.
-BGS (0,5 de 1,5)
            Alguns ambientes fazem o uso de leves efeitos de fundo, embora, na maioria dos casos, fiquem ocultados pela trilha sonora. Seria mais conveniente elaborar ambientes que permitam um fundo musical e, nos ambientes atuais, enriquecer a experiência de jogo com um efeito de fundo compatível com cada mapa.
-ME e SE (0,8 de 1)
                O autor tomou o cuidado de acrescentar efeitos sonoros na maioria das ações animadas, dês de empurrar um objeto a pular na água. De qualquer forma, efeitos musicais passaram despercebidos ou ausentes.
Total (6,9 de 10)
Ø  Mapeamento
-Montagem (2,1 de 3)
                Embora a maioria dos mapas seja simples, as montagens, em geral, são muito boas. Nota-se a presença de erros intermediários, como juntas e beiras em locais inadequados nas cavernas. É possível também perceber alguns erros graves, como a incoerência entre alturas de plataformas conectadas ou a ocorrência de espaços praticamente quadrados ou retangulares em cavernas.
-Efeitos (2,3 de 2,5)
Os efeitos de tonalidade de mapa, Fogs e filtros de tela realmente completam os mapas no jogo. Praticamente todos os mapas têm uma tonalidade de tela alterada conforme o ambiente em questão. Destaca-se também a presença de ambientes muito bem trabalhados, como as áreas a céu aberto e as passagens subaquáticas.
-Coerência e Lógica (1,6 de 2,5)
Para a confecção dos desafios do jogo em algumas partes se observam plataformas ou passagens um tanto incoerentes ou, no mínimo, estranhas. Observam-se em certos desafios plataformas flutuantes ou caminhos desconexos sem muita explicação, pois foram postos ali somente para servir de obstáculo lógico ao progresso do desafio. De qualquer forma, nota-se que o autor, em mapas “normais”, sabe usar os tilesets de maneira coerente.
-Inovação (1,7 de 2)
                Por conta da própria originalidade do estilo de jogo, a forma de mapeamento se distancia do que é visto normalmente nos jogos de RPG Maker. Os desafios são bem originais e criativos, e a inovação por meio de quebra-cabeça vale por si só.
Total (7,7 de 10)
Ø  Batalha e Database



Anulado




Ø  Jogabilidade
-Dificuldade (1,6 de 2)
Todos os desafios são bem balanceados na parte mecânica, de tal forma que, em maioria, podem ser resolvidos facilmente quando se entende a lógica do mesmo. Porém observam-se alguns desafios demasiadamente longos, como, por exemplo, empurrar uma peça de cavalo em “L” até o outro lado do mapa. É muito interessante desviar dos primeiros obstáculos, calculando a rota em movimentos exatos com margem mínima de erro. Porém, após alguns movimentos, a parte de lógica desaparece e resta somente o trabalho mecânico de empurrar a peça. Idem para o desafio de empurrar estátuas e o desafio das setas no painel.
-Movimentação e controles (1,4 de 2)
A movimentação é a padrão do RMXP. Destaque para a possibilidade de fazer saltos e teleportes, em alguns puzzles. Embora poucos, os controles são bem posicionados e intuitivos. Noto boa escolha para a tecla de mergulho, embora não vejo o motivo de não manter a tecla de ação padrão para fazer essa operação.
-Experiência de jogo (2,5 de 3)
                A obra é realmente divertida de se jogar. De fato, jogadores que não se interessam por raciocínio lógico para progredir no jogo não terão uma boa experiência de jogo, ou sequer conseguirão jogar. Porém, para quem gosta de um desafio intelectual, esse jogo tem um bom sabor. As horas gastas nesse jogo realmente são bem investidas.
-Pausas em animações (0,6 de 1)
Em alguns momentos o personagem fica parado sem explicação após acionar uma alavanca ou objeto, seria mais interessante permitir que o personagem se mova, mesmo quando é exibida uma animação no mapa, como, por exemplo, no desafio do caminho invisível.
-Inovação (1,8 de 2)
Sem dúvidas a jogabilidade é o ponto forte do projeto, se distanciando muito do que se vê em jogos convencionais de RPG Maker. Ainda, mesmo quando comparado com outros jogos de Puzzles, os desafios desse jogo são originais e bem criativos.

Total (7,9 de 10)

Resumo geral
O jogo oferece uma ótima jogabilidade e criativos desafios, porém demonstra apenas um pseudo-enredo.

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