AURIAN – A ÚLTIMA CANÇÃO
Enredo:
Aurian tem uma história que parece “beber de várias fontes”. Ainda que sua temática seja de um rpg tradicional, Aurian demonstra um mundo que foi influenciado por diversos outros “mundos”, o mais notável deles Final Fantasy VII. Antes de prosseguir, quero abrir um parenteses: não estou dizendo que a história é copiada ou coisa assim. Nós estamos em 2011. São 20 séculos e mais um pouco desde que demos “restart” na contagem. Deus sabe quantos séculos antes disso. Hoje, a originalidade está em como usar a idéia do outro. Criar algo que nunca foi pensado, desenhado ou criado por alguém no mundo todo em todos esses anos de existência da raça humana é uma tarefa difícil. Prosseguindo: muitos dos conceitos presentes em Aurian já foram vistos antes mas o que importa é como o criador vai explorar esses conceitos durante o jogo. Infelizmente na demo não deu tempo de ver muita coisa, apenas um vislumbre da personalidade de Mel e Justin, que parecem ser os protagonistas. Esse vislumbre, porém, foi muito agradável e deu a sensação que aqueles pixels não vão ser apenas “pixels”, mas vão acabar ganhando vida durante o gameplay.
Nota: 7,5
Gráficos:
Aurian utiliza um mix entre RPT + recursos do MACK + recursos do Kaduki + criações próprias. Entre chars, titles, battlers e faces é mais do mesmo do que se costuma ver em jogos do VX. É um conjunto de arquivos de grande qualidade, porém existem N jogos com os mesmos arquivos. O gameover é do RTP, assim como alguns icons. As pictures são as edições próprias do jogo. Sou um pouco suspeito para avaliar essa parte, uma vez que tive participação ativa nesse setor.
Nota: 7,5
Trilha Sonora:
Devido à pouca duração da demo, o jogo tem poucas oportunidades de demonstrar sua trilha sonora, porém aproveita bem seu pouco tempo pra fazer um bom trabalho. As BGM’s são agradáveis e harmoniosa e os poucos efeitos sonoros mostrados cumpriram seu papel.
Nota: 8,0
Mapeamento:
Talvez o melhor ponto da demo. Os mapas estão bem bonitos e agradáveis de se ver e se movimentar. Os interiores foram bem criativos e possuem um “estilo próprio” como, por exemplo, o char da porta em todas as posições, sempre um tile a mais pra cada “saída”, coisas assim. Os mapas de exterior também estão agradáveis, mas em alguns momentos parece que o mapper quis “encher” de detalhes para tampar espaços vazios. Na aldeia da vó da Mel tem umas árvores de outono no meio das árvores normais e parece que só estão ali para encher a tela e dar uma falsa sensação de enriquecimento do mapa. Em relação à efeitos de iluminação e sombreamento, Aurian usa o básico.
Nota: 9,0
Batalha e Base de Dados
Aurian usa o SBS Tankentai, um sistema bem famoso pro VX. Porém, existem outros sistemas trabalhando em simultâneo ao Tankentai que transforma experiência de batalhar no Aurian bem única. Primeiro, há o sistema de classes. Nele, podemos trocar a classe dos personagens e cada classe está num level e então podemos desenvolver o personagem subindo cada classe de level. Há o sistema de comandos individuais de acordo com a classe do personagem. Por exemplo, se for Atirador ele possui o comando Munição, se for Samurai, Bushido, etc. Esse sistema adiciona muita dinâmica à batalha, na minha opinião. E por fim, tem a tela de final de batalha onde aparecem os ganhos de experiência, item e dinheiro com comentários dos personagens. Achei fantástico!
Nota: 9,3
Jogabilidade
É complicado avaliar a Jogabilidade de um jogo de 30 minutos. Já “sofri” desse mal quando avaliei Seven Samurai e passo pelo mesmo agora com Aurian. A avaliação desse quesito está intimamente ligada ao tempo de jogo. Como é uma demo curtíssima, não há grandes defeitos, porém não existem grandes qualidades.
Nota: 7,5
Considerações Finais
Se o jogo fosse maior, receberia notas maiores. O que resta é esperar o Awards 2011.
Enredo: 7,5
Gráficos: 7,5
Trilha Sonora: 8,0
Mapeamento: 9,0
Batalha e Base de Dados: 9,3
Jogabilidade: 7,5
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