domingo, 27 de fevereiro de 2011

AVALIAÇÕES - Jurado: Jean


A seguir as avaliações do jurado Jean para o jogo Escudo de Ouro

ESCUDO DE OURO

Enredo: EDO tem um enredo muito bem trabalhado. Embora haja alguns clichês comuns (como o clássico herói que ao chegar à maioridade quer sair por aí semeando a paz pelo mundo), todos foram bem escondidos e aproveitados. No início controlamos Maximus, um jovem príncipe que se torna um “Guerreiro do Horizonte” e pretende iniciar sua jornada ajudando as pessoas pelo mundo afora. No decorrer da história ele conta com a ajuda de seus amigos Solon, Marin e Mizuki, todos personagens muito carismáticos e com fortes personalidades. Também somos apresentados a Rafael e Rudy, dois solitários viajantes que estavam envolvidos com os planos da organização “Nova Aeon”, um grupo de pessoas que controla monstros e espalha o caos por aí, como desculpa para tentar criar um novo mundo, melhor, creio eu. Assim como o primeiro grupo, Rafael e Rudy também são muito carismáticos e têm personalidades bem definidas. As conversas entre os dois exemplificam isso. Só senti falta de uma ligação da parte jogável com a introdução do jogo, que mostra “extraterrestres” vindo ao planeta, provavelmente em busca de recursos. Porém, como trata-se de uma versão demo, isso não é um ponto ruim. Escudo de Ouro é mais uma prova de que jogos feitos no RPG Maker Vx podem ser muito superiores à jogos feitos no RPG Maker XP.

Evolução: 2.0
Estrutura e composição: 2.0
Inovação: 2.0
Expressão: 1.0
Ortografia: 1.0
Formatação: 1.0

Nota: 9.0

Gráficos: Os tilesets envolvem uma mistura de RTP com elementos facilmente encontrados pela internet. Porém, visualmente o jogo é muito agradável. Existe uma abundância de elementos gráficos que demonstram a preocupação do criador em criar algo interessante e, por que não, original. Faces, ícones, monstros, animações e etc não são apenas do RTP, algo que acrescenta muito ao jogo. Apenas o sistema de iluminação poderia ter sido mais bem trabalhado, uma vez que ele sumia a aparecia fora de hora em algumas cenas. No mais, a harmonia visual do jogo é impecável. Além da tela de título, não observei mais nada original.

Originalidade: 1.0
Inovação: 2.0
Compatibilidade: 1.0
Picture, Title e Game Over: 1.0
Characters e Battlers: 1.0
Fog, Battleback e Panorama: 0.0
Tileset e Autotile: 1.0
Animation, Transition, Icon e Windowskin: 1.0

Nota: 8.0

Trilha Sonora: Basicamente, pelo que notei, as BGM’s são do próprio RTP*. Não observei o uso de BGS, o que pode significar duas coisas: ou ela foi tão bem usada que se encaixou perfeitamente com o momento e passou batido, ou simplesmente ela não foi usada. ME e SE também são do RTP, e apenas cumprem seu papel, sem nada de extraordinário. Mas existe uma bela harmonia das BGM’s com os mapas e momentos que foram usadas. Diferente de alguns jurados, não gostei muito do silêncio no início. Creio que uma BGM para ajuda a criar um clima não seria uma má ideia. Vale lembrar que a experiência sonora ao jogar Escudo de Ouro é positiva, ou seja, mesmo que tenha sido pouco explorada, a trilha sonora é agradável e suave.

*Correção: O criador do game, Solon, me informou que não usou nenhuma música do RTP e usou sim, algumas BGS's. Portanto, peço desculpas ao mesmo pelos equívocos e espero não ter tido cometido algo assim nas outras avaliações. Sendo assim, quero corrigir minha nota:

Originalidade: 0.0
Inovação: 2.0
Harmonia: 2.0
BGM: 1.5
BGS: 1.5
ME e SE: 1.0

Nota: 8.0

Mapeamento: Nada de extraordinário, mas o mapeamento é bonito e agradável. Observei a abundância de detalhes em vários mapas, mas nada que pudesse tornar a passagem difícil. Os vilarejos e cavernas são bem mapeados e tornam a experiência de andar por eles interessante. Porém, os interiores, principalmente os do castelo, não me agradaram. Os mapas de interiores eram muito grandes e era visível que a maioria dos objetos só foi colocada lá para preencher espaço. A lógica do castelo é um pouco estranha e o fato de ele estar isolado no meio do mapa mundo também é. O mapa mundo é outro ponto que merece atenção, pois além dele ser muito grande, o personagem anda muito devagar e não tem orientação nenhuma, mas isso conta no quesito jogabilidade.

Montagem: 3.0
Efeitos: 2.0
Coerência e lógica: 2.0
Inovação: 2.0

Nota: 9.0

Batalha e Base de Dados: As batalhas são aleatórias, mas vale lembrar que existe um medidor que indica quando uma batalha está próxima. Esse foi um detalhe que gostei muito. Detalhe para o sistema de forja e o sistema de treino com mestres, que permite com que cada jogador equipe seus heróis da maneira que ele quiser, tornado as batalhas mais interessantes. Existe um grande número de inimigos, embora um deles tenha me feito torcer o nariz: uma nuvem, ou melhor, “Brisa”, isso mesmo, uma nuvem que se chama Brisa*! Achei esse inimigo meio estranho, meio cômico, mas nada que me fizesse descontar pontos. Estratégia é algo essencial para se jogar EDO, pois as batalhas, pelo menos com Rudy, Rafael e Dominic, são muito difíceis. O jogador se obriga a caprichar no inventário para poder seguir. Um detalhe ruim é que, ao mudar o grupo de heróis (Maximus->Rafael, ou vice-versa) o inventário permanece o mesmo. No mais, as batalhas renderam muito e fizeram meu tempo de gameplay maior do que o imaginado, mas isso não foi um problema.

*Correção: O nome do tal monstro é Gizmo.

Base de dados: 2.5
Estratégia: 2.0
Ocorrência de bugs: 2.0
Inovação: 2.0
Duração e frequência: 0.5

Nota: 8.0

Jogabilidade: Jogar EDO é uma experiência, no mínimo, agradável e divertida. Todos os personagens são carismáticos, há uma abundância de itens, temos sistemas diferenciados e o jogador não fica perdido em momento algum. Porém, em um ponto senti vontade de parar, pois demorei muito, muito mesmo, até achar a caverna em que Duque estava perdido, pois além de não haver muita orientação, o meu grupo estava muito fraco por causa das batalhas no mapa mundo, e quando finalmente achei a caverna, morri algumas vezes dentro dela. Mas quando passei dessa parte, tudo voltou ao normal e segui em frente. Então a demo acabou. A dificuldade do jogo é média. Se você tiver um bom inventário, derrota fácil os inimigos, caso contrário, pode ficar preso em certas quests até ganhar game over. O único mapa que se torna entediante o mapa mundo, no resto é tudo muito suave. Os menus não são muito trabalhados, logo não chamam atenção, embora cumpram seu papel. Já as cenas são muito boas, todas elas sem exceção. O criador do jogo está de parabéns.

Dificuldade: 2.0
Movimentação: 1.5
Controle: 2.0
Pausas em animações: 2.0
Inovação: 2.0

Nota: 9.5

Notas finais:
Enredo: 9.0
Gráficos: 8.0
Trilha Sonora: 8.0
Mapeamento: 9.0
Batalha e Base de dados: 8.0
Jogabilidade: 9.5

Total: 8.5

Alguns pontos positivos e negativos observados no decorrer do jogo:
- Menu de título um tanto quanto simples;
+ Intro com pictures;
- Sem BGM na intro;
- SE que toca enquanto aparecem as letras nas janelas de mensagem;
+ Animação quando os personagens descem ao planeta;
+ Animação quando Lu e Goh recebem suas tarefas;
+ Sistema de batalha diferente;
- BUG: No menu de ítens, ao selecionar um item como Tônico, por exemplo, surge uma janela para se escolher qual o personagem que vai usar o ítem. Abaixo dessa janela é possível ver o mapa cortando o menu (clique aqui para ver uma imagem);
+ O medidor que indica quando uma batalha está próxima é ótimo!
+ Sistema de treinamento com Mestres;
+ Cenas de Maximus treinando;
+ Missão para "resgatar" Solon;
- Demorei até descobrir aonde era a caverna que Duque estava perdido;
- Mapa mundo muito grande e chato;
- Sistema de iluminação surgem antes do mapa e desaparecem depois dele;
+ "Coragem sem sabedoria vira outra coisa";
+ Sistema de forja;
+ Avisa quando termina a demo;

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