sábado, 6 de fevereiro de 2010

Mais textos avaliativos e indicações. Os textos a seguir são de autoria da Gabb, que avaliou os seguintes jogos: TEC:Anarchy, Linhagem Axis, Hitorija, O Dragão do Monte Silaf e O Despertar do Imperador.


"ENREDO
- Personagens (Características e Desenvolvimento) (2.6 pontos)
- Originalidade (2.6 pontos)
- Desenvolvimento da história (2.6 pontos)
- Gramática portuguesa (2.2 pontos)

SISTEMA DE BATALHA
- Originalidade (2.0 pontos)
- Diversão (2.0 pontos)
- Apresentação visual: (2.0 pontos)
- Recursos: (2.0 pontos)
- Quão bem foi utilizado (2.0 pontos)

TRILHA SONORA
- BGM (5.0 pontos)
- SE (5.0 pontos)

GRÁFICOS
- Originalidade (2.0 pontos)
- Quão bem foi utilizado (2.0 pontos)
- Beleza (2.0 pontos)
- Qualidade das imagens (2.0 pontos)
- Coesão (2.0 pontos)

MAPEAMENTO
- Originalidade na criação dos mapas: (2.5 pontos)
- Jogabilidade (2.5 pontos)
- Habilidade de criação (2.5 pontos)
- Harmonia (2.5 pontos)

Observação: Estou assumindo que quem está lendo essa avaliação já jogou o jogo, ou ao menos conhece a sua história. Desse modo, me abstenho de escrever um resumo dos mesmos e irei apenas expressar o motivo das notas.

A nota inicial em todas as categorias foi 10.0"


"The Elemental Charmers: Anarchy

ENREDO

O ponto forte do jogo! TEC: Anarchy possui uma história sólida, que se desenvolve no tempo certo, sem sobrecarregar o jogador. O uso de flashbacks, também, foi impecável.

O protagonista parece, no ínicio, robótico e emocionalmente patético, mas é desenvolvido e, em pouco tempo, torna-se um personagem carismático e profundo. Os NPCs, também, são bem trabalhados, especialmente Emily. Dois grandes destaques são Chelsea e Maurice, que foram tão bem projetados que são capazes de cativar o jogador na primeira aparição.

Com relação a introdução, gostei de ter mostrado o motivo das batalhas e afins, não achando-a extensa demais.

Os sistemas de coleção também motivam, mas não fazem falta. Gostei do sistema a lá "dating simulator" com a Emily. Foram exagerados, entretanto, os conteúdos "trash's", que tornam o projeto um tanto tosco, mas dá para conviver.
Encontrei alguns erros de português, especialmente ortografia, mas nada muito gritante. Também vi um bug irritante, ao reprogramar, com pouco tempo de jogo até, o ponto de tele-transporte. Depois disso, ao sair da nave, ficava presa num lugar da Fenrir e tinha de reiniciar o jogo. (-0,5)

O que mais me aborreceu, entretanto, foi o uso insistente de palavras em inglês ou clichês. "Projeto Purification", "Ragnarok", "Chaos", "Gaia"...
Primeiro: O jogo é em português, desenvolvido no Brasil, por brasileiros. Por que inserir palavras em inglês que só ridicularizam o conjunto do jogo?

Segundo: Houve um cuidado tão grande na criação da estória e caracterização dos personagens, que o simples fato de existirem nomes TÃO clichês no jogo desestimula o jogador, sem contar chamar um personagem de "Chaos" ou "Ragnarok" não lhe garante nenhuma moral, apenas remete a outras fontes que, muito possivelmente, criarão uma comparação na mente do jogador. E dificilmente o personagem que apareceu depois será o vencedor.

- Personagens (Características e Desenvolvimento): 2,6
- Originalidade: 1,6
- Desenvolvimento da história: 2,6
- Gramática portuguesa: 2,0
Nota negativa pelos bugs: - 0,5

Nota final: 8,3


SISTEMA DE BATALHA

No geral, o sistema inova e torna-se divertido e agradável aos olhos. Os gráficos foram bem utilizados, embora o excesso de monstros em certas áreas pequenas dificulte a jogabilidade.

O uso do mouse inova e diversifica o jogo, mas a distância entre os botões torna difícil a locomoção da mão no meio de uma batalha crítica.
A HUD não atrapalha a visibilidade da tela, e o sistema com certeza apresenta um visual agradável e coeso com a história.

Existem, entretanto, muitos bugs e melhorias a serem feitos. Várias vezes, o sistema de mira falha, funcionando toscamente. Outro exemplo de bug que encontrei foi logo antes de encontrar os Anarchy Knights. Minha barra de overload simplesmente empacou e me permitia utilizar quantas vezes quisesse o ataque. (-0,5)

- Originalidade: 2,0
- Diversão: 2,0
- Apresentação visual: 2,0
- Recursos: 2,0
- Quão bem foi utilizado: 1,5
Nota negativa pelos bugs: - 0,5

Nota final: 9,0


TRILHA SONORA

O ponto fraco do jogo. O volume da trilha sonora é absurdamente inconstante, transformando o som em uma verdadeira cacofonia ao utilizar alguns efeitos em conjunto com outros ou com certos BGMs.

O uso de uma grande variedade de estilos diferentes, também, serviu para confundir, ao invés de enriquecer. Utilizar músicas não instrumentais é sempre uma tarefa perigosa, e nesse jogo, não funcionou.
O grande acerto, na minha opinião, foi na música de introdução, e na conversa com Chaos, com uma bela melodia retirada de Requiem For a Dream.

- BGM: 3,5
- SE: 3,5

Nota final: 7,0


MAPEAMENTO

TEC: Anarchy possui mapas que acertam nos detalhes, tamanhos, e ambientação, mas pecam nos bugs. Existem inúmeros problemas de erro na configuração dos tilesets, tornando passagens intransponíveis, ou permitindo movimentos incoerentes. No geral, os mapas foram bem trabalhados, e harmoniosos com relação ao sistema de batalha empregado.

- Originalidade na criação dos mapas: 2,5
- Jogabilidade: 2,3
- Habilidade de criação: 2,0

Nota final: 8,8


GRÁFICOS

O uso de imagens "reais", embora inovador, tende a não combinar com o projeto, e muitas vezes parece exagerado e tosco. As imagens, entretanto e a ignorar seu conteúdo, foram utilizadas de modo correto e enriquecem o projeto.

A grande quantidade de estilo de faces diferentes torna o acabamento estranho e desconfortável, mas não compromete muito o projero, devido a qualidade boa das imagens. Os gráficos de tilesets, autotiles e afins são bonitos e, geralmente, harmoniosos, mas existiram misturas que simplesmente não combinaram.

- Originalidade: 2,0
- Quão bem foi utilizado: 2,0
- Beleza: 1,0
- Qualidade das imagens: 2,0
- Coesão: 1,8

Nota final: 8,8


Comentários finais:

Esse jogo foi uma deliciosa surpresa. Não gosto de jogos futuristas, e não esperava muito do projeto, mas fui envolvida pela história e os personagens. Definitivamente, um dois melhores que tive a oportunidade de jogar. Alguém quer começar um fã-clube do Chelsea?

Resultado da avaliação: 41,9"


"Linhagem de Axis

ENREDO:

A história em si é bem elaborada. Tem alguns poucos clichês, mas foram utilizados de forma a não ficarem exagerados. Não reconheci erros de ortografia, mas encontrei erros de pontuação (especialmente falta de vírgulas), e várias repetições da mesma palavra, o que torna o texto em si cansativo.

É possível pular a introdução do jogo, o que é uma coisa muito boa, mas é aconselhável a qualquer jogador assistí-la. Vale ressaltar que ela está muito bem feita, e apresenta o motivo dos conflitos maiores do mundo onde se passa a estória. Entretanto, ela peca ao ser extensa demais. O jogador é apresentado a muitas informações que não são necessárias à priori - como o surgimento dos "Deuses", que só é abordado novamente após uma hora e meia, duas horas de jogo -, que poderiam ter sido expostas posteriormente, com dialógos, cutscenes ou itens.

Com relação aos personagens, existe um problema: O protagonista demora um pouco para aparecer. Isso, e a falta de uma motivação inicial forte dele, torna difícil a criação de empatia para com o mesmo no início do jogo. Particularmente, não consegui me identificar muito, achando o Capitão muito mais carismático. No geral, entretanto, os personagens são bem desenvolvidos.

Um bug clássico foi a falta de cuidados com os itens. Quando você passa a controlar Anita, todos os itens que estariam com Timo encontram-se com ela. Teletransporte? (-0,3)

- Personagens (Características e Desenvolvimento): 1,8
- Originalidade: 2,3
- Desenvolvimento da história: 2,0
- Gramática portuguesa: 1,8

Nota negativa pelos bugs de coesão: - 0,3

Nota final: 7,6


SISTEMA DE BATALHA:

O jogo utiliza o sistema padrão do XP. O sistema de repetir a ação anterior foi legal, mas não tão útil.
Uma coisa interessante foi a diferença dos battlers, que ficam de costas para o jogador, dando a impressão de que você realmente está assistindo a cena.
Algo que me trouxe raiva foram as batalhas aleatórias. Em certos momentos, tive de desligar o jogo por falta de paciência, já que andava cinco ou seis passos e entrava em outra batalha. Quem sabe, um item, similar ao "Repelente" do clássico Pokemon, resolvesse o problema.

- Originalidade: 1,0
- Diversão: 1,4
- Apresentação visual: 1,8
- Recursos: 1,8
- Quão bem foi utilizado: 2,0

Nota final: 8,0


TRILHA SONORA

Acho que foi ponto alto do jogo. Não encontrei momentos em que a BGM desse um sentimento contrário à situação apresentada, e gostei bastante da forma como foi utilizada nos eventos principais. Entretanto, em uma ou duas partes, senti falta de um som mais alto ou diferente, e os efeitos especiais passaram despercebidos.

- BGM: 5,0
- SE: 4,0

Nota final: 9.0


MAPEAMENTO

Grande parte dos mapas são belos e relativamente trabalhados. Enquanto foi utilizado fontes de luz e afins, existiam partes onde as sombras não eram coerentes. Como uma parte, nas ruínas de Negrin, onde uma sombra da parede aparece no chão, mas não na mesa que está na mesma linha. As imagens das nuvens, também, foram uma das coisas que mais gostei.

Voltando ao ponto, o mapeamento peca em alguns fatores:
Os mapas tendem a ser grandes demais, o que gera um cansaço ao ter de passar por eles (uma tecla "correr" ajudaria nessas horas). Também por serem grandes, é evidente em algumas partes uma falta de detalhamento e desleixo.
Em algumas áreas naturais, é possível ver trechos retos, o que deve ser evitado para não deixar o mapa monótono e igual. A natureza, afinal, não é constante.

- Originalidade na criação dos mapas: 2,3
- Jogabilidade: 2,0
- Habilidade de criação: 2,3
- Harmonia: 2,0
(-1.5 pela falta de detalhes e sinais de desleixo)

Nota final: 8,6


GRÁFICOS

Tratando-se de tilesets, charsets e afins, o jogo utiliza o RTP e algumas coisas extras. No geral, foram bem empregados, tornando os mapas bonitos e, mais importante, jogáveis. O ponto fraco do jogo foram os gráficos desenhados.
Por um lado, é admirável a iniciativa do criador em fazer gráficos originais. Entretanto, deveria ter melhorado sua arte antes de colocá-la no jogo. O traço é fraco e disforme. Acrescento apenas que o desenhista deveria ter tomado mais cuidado e treinado mais ao desenhar uma imagem que representaria um jogo.

Muitas imagens poderiam ter sido melhoradas com um detalhe simples: sombra. As imagens parecem achatadas e fora de lugar. Ainda encontrei algumas imagens dos rostos que apresentam sombreamento, mas tinham outro problema: como uma face tem sombra, mas os cabelos não? (-1.5 por apresentar imagens que apresentam pouco esforço e acabamento ruim, o que dá a impressão de falta de interesse)
Um detalhe que me chamou a atenção foi falta de coerência no personagem de Anita. Na imagem de rosto, ela é loira, enquanto seu char tem cabelos castanhos. (-0.2 pela falta de coerência).

- Originalidade: 2,0
- Quão bem foi utilizado: 2,0
- Beleza: 0,5
- Qualidade das imagens: 1,0
- Coesão: 2,0

Nota final: 7.5

Comentários finais:
Linhagem de Axis é, com certeza, um jogo divertido, mas erra ao tentar complicar demais a forma como o enredo é passado. No geral, é um jogo bom.
Resultado da avaliação: 40,7"


"Hitorija

ENREDO:
Hitorija apresenta uma estória bem elaborada e típica de RPG's. Os fatos são revelados aos poucos, tornando a narrativa coesa e compreensível. O desenvolvimento dos personagens é notável, e a motivação do protagonista, plausível. Um ponto forte do jogo foi a preocupação com a personalidade, treijeitos e características de cada indivíduo. Todos apresentam um comportamento marcante, e motivações próprias (salvo, talvez, Ayame, que parece uma criança que achou em Yanto um brinquedo novo).

O grande atrativo do jogo foram os sistemas: mini-game de pesca, álbum de figurinhas colecionáveis, um sistema para acampar (como BoF 4) e caderno de buscas, que permite ver as quests existentes e já completadas. O fato de terem sido desenvolvidos via evento, também, é um fator altamente admirável, e torna Hitorija ainda mais agradável de se jogar.

Entretanto, um dos pontos negativos é a falta de personalização dos NPCs. Enquanto alguns foram muito bem trabalhados, a movimentação grotesca e as falas repetitivas dos remanescentes tornam-os artificiais.

Existem, também, erros de português. Nos casos de pontuação, o mais visível é a falta de vírgulas, especialmente junto a vocativos. Com relação a ortografia, as falhas são menos vulgares, mas "gerra", no lugar de "guerra", e "adimitir", com esse "i" extra, chamam a atenção e tiram parte do brilho do projeto.
Existe o velho bug dos itens que teletransportam entre os personagens, e outros mais bizarros, como o da coleção de figurinhas que se completa magicamente. (-0,6)

- Personagens (Características e Desenvolvimento): 2.3
- Originalidade: 2,6
- Desenvolvimento da história: 2,3
- Gramática portuguesa: 1,9

Nota negativa pelos bugs de sistemas ou coesão: - 0,6

Nota final: 8,5


SISTEMA DE BATALHA

O sistema de batalha é o padrão do XP. Ele possui, entretanto, algumas "inovações", como a barra de ataque, e o sistema de pontos de habilidade e atributos.
O fato das batalhas não serem aleatórias, também, é um ponto positivo, evitanto aborrecimentos e chingamentos por parte do jogador.
Os battles são bonitos, assim como os designs dos monstros.
No geral, não é um sistema fabuloso, mas não transtorna ou chateia o jogador.

- Originalidade: 1,0
- Diversão: 1,5
- Apresentação visual: 0,5
- Recursos: 1,5
- Quão bem foi utilizado: 1,4

Nota final: 5,9


TRILHA SONORA

Não atrapalha, nem favorece. O uso de músicas clássicas de jogos trazem um sentimento de nostalgia, e com certeza vão agradar a muitos jogadores.
Faltam efeitos em algumas partes, enquanto, em outras, eles existem em demasiado.
Também, algumas cenas poderiam ter músicas diferentes (a citar: o pântano, que poderia ter tido uma trilha mais sombria, e a conversa entre Yanto e o mestre de Ayame), mas no geral o resultado foi bom.

- BGM: 4,0
- SE: 5,0

Nota final: 9.0


MAPEAMENTO

O jogo possui alguns mapas muito bem trabalhados (a citar, novamente, o pântano), enquanto outros deixam a desejar. É possível encontrar áreas onde predomina o sentimento de vazio, por faltar algum detalhe. Um fator, talvez, tenha sido o tamanho de alguns: mapas pequenos costumam ser mais harmoniosos e detalhados. Também ocorrem alguns bugs, e vez ou outra é necessário "driblar" objetos invisíveis.

É importante ressaltar, também, que praticamente todos os tilesets e autotiles são padrões do RPG Maker.
No geral, esse aspecto foi muito bem trabalhado, resultando em mapas bonitos e jogáveis.

- Originalidade na criação dos mapas: 2,5
- Jogabilidade: 2,0
- Habilidade de criação: 2,2
- Harmonia: 2,3


Nota final: 9,0

GRÁFICOS

O ponto fraco do jogo. Por utilizar, em grande parte, os gráficos do RTP, o jogo adiciona pouca originalidade. Entretando, todos os gráficos foram bem utilizados, mostrando profissionalidade, bom gosto e cuidado.
A title não oferece muita coisa, mas foi simples o suficiente para não ofender.
- Originalidade: 0,5
- Quão bem foi utilizado: 2,0
- Beleza: 2,0
- Qualidade das imagens: 1,5
- Coesão: 2,0

Nota final: 8,0

Comentários finais:
Embora tenha pequenos deslizes, e ainda não esteja completo, Hitorija é um jogo a ser esperado! Definitivamente garante algumas horas de diversão.
Resultado da avaliação: 40,4"


"O Dragão do Monte Silaf

ENREDO
A estória do jogo não poderia ser mais simples (ou clichê), mas é justamente essa simplicidade e falta de pretensão que torna o jogo tão atraente e divertido. O cuidado com os nomes dos itens, personagens e locais, e a própria diversão que o jogo proporciona, compensa a estória comum.
Os personagens jogáveis são todos trabalhados e carismáticos, a destacar Raul, que me fez finalmente entender porque tantas pessoas gostam de jogar como bardon em rpg's de papel.

Os NPCs, embora aparentemente simples, demonstram coerência e background (a citar: a menina que espera o namorado retornar, e depois descobre que ele foi morto no ataque de Tiranath).

A maneira como o jogo se desenvolve lembra os antigos jogos de rpg do SNES, e, mesmo com a pequena irritação de ter de andar como carangueijo de um lado para o outro, o jogo diverte, trazendo um ar de nostalgia e graça que raramente encontramos nos rpgs atuais.

Com relação a erros gramaticais, encontrei apenas três: "concequências", "adimiro" e "laçou", sendo o último da frase "Larissa laçou uma poção atômica".

- Personagens (Características e Desenvolvimento): 2,4
- Originalidade: 1,8
- Desenvolvimento da história: 2,6
- Gramática portuguesa: 2,1

Nota final: 8,9


SISTEMA DE BATALHA

O sistema padrão do VX não causa frênesi ou empolgação. As grandes sacadas foram o sistema de customização e o cuidado com a criação das habilidades de cada jogador. O fato de mudar de "alquimia" para "feliness" ou "cantar" dá um ar especial ao sistema, assim como a forma como as habilidades de cada personagem interagem entre si.

Um ponto que acho importante é o nível da batalha. Acho que se você consegue seguir o jogo, sem sentí-lo absurdamente difícil ou fácil, significa que os níveis dos jogadores e dos monstros foram bem estipulados. Isso foi algo que senti nesse jogo. Entretanto, na batalha contra Tiranath, não achei que a dificuldade foi proporcional a importância do inimigo, ou ao tempo de jogo. Em outras palavras, foi uma luta fácil.

- Originalidade: 1,5
- Diversão: 1,8
- Apresentação visual: 2,0
- Recursos: 1,8
- Quão bem foi utilizado: 2,0

Nota final: 9,1


TRILHA SONORA

Os sons foram utilizados de forma sóbrea, embora tenha encontrado duas coisas que não me agradaram.

A primeira: não consegui gostar da música da Doma. Achei exótica demais para um cidade inicial. Mas acredito que seja apenas opinião.
A segunda: o fato de você ser obrigado a ouvir Raul tocando... Honestamente, um evento paralelo para passar a música teria poupado o incomodo de quem não gosta daquele tipo de música, e, como ela não interfere no jogo, alegrado alguns ouvintes.
No geral, os sons foram bem empregados, valendo resaltar a customização das batalhas.

- BGM: 4,7
- SE: 5,0

Nota final: 9,7


MAPEAMENTO

Simplesmente fabulosos! Mapas detalhados e bonitos, que não cansavam o jogador. Foi, definitivamente, o ponto alto do jogo, demonstrando como utilizar o RTP do VX de forma bonita, prática e jogável, e mudando a minha visão sobre o sistema de mapeamento do VX. (Detalhe: Ainda prefiro o do XP, mas se mais makers tivessem o senso de criação do criador de O Dragão (...), com certeza veríamos mapas muito melhores.)

- Originalidade na criação dos mapas: 2,5
- Jogabilidade: 2,5
- Habilidade de criação: 2,5
- Harmonia: 2,5

Nota final: 10,0


GRÁFICOS

O jogo utiliza quase que somente gráficos do RTP, desse modo tornando o jogo pouco inovador visualmente. Entretanto, os gráficos foram tão bem utilizados que o resultado final não é comprometido. Não apreciei, entretanto, a title.
- Originalidade: 1,0
- Quão bem foi utilizado: 2.0
- Beleza: 2,0
- Qualidade das imagens: 1,9
- Coesão: 2,0

Nota final: 8,9

Comentários finais:
Extremamente nostálgico e divertido. Foi o meu preferido.
Resultado da avaliação: 46,6"


"O Despertar do Imperador

ENREDO

O Despertar (...) apresenta uma estória inicialmente simples, que vai se aperfeiçoando com o tempo de jogo. Embora o núcleo da estória seja clichê, o jogo diverte o suficiente e apresenta detalhes tão variados que fica impossível para o jogador não ignorar o problema. O grande erro foi tentar dar ao jogo um ar épico e profundo, pois a quantidade de clichês e erros o transformam em uma piada.
O personagem principal é um completo clichê. Embora o charset seja o Aluxes, o que realmente torna-o caricato e sem graça é a falta de motivação inicial, desenvolvimento palpável, e até mesmo um nome interessante ("Hero"!?). O único personagem que realmente se salva é o vilão (Lúcifer?!), e até ele torna-se caricato com suas falas ordinárias ("Os Reinos serão meus!").

O pior, na minha opinião, foram os diálogos. Pouco trabalhados, apresentam incoerências absurdas, como quando John responde um "Ta (sem acento) certo então, até princesa" à princesa, e posteriormente somos apresentados a uma conversação pomposa.

Além disso, a quantidade de erros gramaticais é absurda! Não consegui terminar esse jogo em pouco tempo, porque ficava parando sempre que encontrava um absurdo como nessa célebre oração:

John: Não pense em coisas negativas, Hero, tudo será resolvido, basta se esforçamos nessa missão. E a ortografia (esforçaRmos) e a coesão gramatical ("se esforça[r]mos"!?!?) que vão para o inferno nesse projeto...

- Personagens (Características e Desenvolvimento): 1,0
- Originalidade: 1,3
- Desenvolvimento da história: 1,8
- Gramática portuguesa: 0,1
Redução pelo menu bugado: - 0,5

Nota final: 3,5


SISTEMA DE BATALHA

A parte boa do jogo. Gera um sistema dinâmico com o XAS, mas não aproveita bem o espaçamento dos mapas, colocando muitos monstros em mapas pequenos e sufocando o jogador. Também, o jogo força o jogador a ficar como "grinder" em algumas partes, o que demonstra falta de preparação, organização e análise. A grande diferença de nível entre os monstros e o jogador no ínicio, a inflação autissíma das poções e o fato de não poder salvar fora de vilarejos tira parte da graça do sistema geral.
Vale ressaltar, também, a completa discrepância causada por alguns charsets de monstros (a citar: o Digimon vermelho ¬¬)

- Originalidade: 2,0
- Diversão: 1,0
- Apresentação visual: 1,0
- Recursos: 1,5
- Quão bem foi utilizado: 0,7

Nota final: 6,2


TRILHA SONORA

Não atrapalha, nem ajuda. Os efeitos, entretantos, foram bem utilizados nas batalhas.

- BGM: 3,0
- SE: 3,5

Nota final: 6,5


MAPEAMENTO

Os mapas são medianos. Embora sejam de tamanhos bons, ainda assim faltam detalhes e técnicas de mapeamento. As florestas, por exemplo, são bisonhas e o autotile foi extremamente mal utilizado.

- Originalidade na criação dos mapas: 1,8
- Jogabilidade: 2,0
- Habilidade de criação: 1,0
- Harmonia: 1,5

Nota final: 6,3


GRÁFICOS

A mistura de estilos de gráficos teve um resultado estranho. Como exemplo, os diferentes estilos de faces, que simplesmente não combinam, sendo algumas de qualidade visivelmente inferior. Grande parte dos gráficos, também, é do RTP, o que demonstra falta de originalidade.

- Originalidade: 1,0
- Quão bem foi utilizado: 1,5
- Beleza: 1,0
- Qualidade das imagens: 0,8
- Coesão: 1,2

Nota final: 5,5

Comentários finais:
Simplesmente não gostei desse jogo. Achei o resultado fraquissímo, especialmente se comparado aos outros. Foram longas horas de tortura...
Resultado da avaliação: 28"


"Indicações
- Personagem: Raul (O Dragão do Monte Silaf)
- Vilão: Imperador (O Despertar do Imperador)
- Melhor Cena: Cena da morte da esposa do Capitão (Linhagem de Axis)"


Portanto, a Gabb já finalizou sua participação na Primeira Etapa de Avaliação.

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