domingo, 30 de janeiro de 2011

AVALIAÇÕES - Jurado: Leandro de Barros

A seguir as avaliações do jurado Leandro de Barros para o jogo Seven Samurai.

SEVEN SAMURAI

Enredo: Uma pequena vila no Japão do século 16 sofre com a atuação de criminosos dispostos a matar parar roubar a comida produzida pelos fazendeiros. Seven Samurai é baseado no filme homônimo de Akira Kurosawa, inclusive usando cenas do filme em alguns momentos. Totalmente em inglês, o jogo pode afastar aqueles que não são familiarizados com o idioma de Shakespeare. O jogo, apesar de curto, tem um ritmo bem conduzido, levando o jogador a sempre saber o que fazer a seguir, mesmo sem tirar a liberdade do player. De um total de 10, tiro 1,5 pelo enredo não ser original e mais 1 ponto pela pouca variação de recursos em passar a história e construir as cutscenes.

Nota: 7,5

Gráficos: O jogo, por se passar no Japão medieval, possui uma série de requisitos em termos gráficos, como tilesets específicos por exemplo.  Com o menu padrão e uma title esteticamente pobre, o jogador pode se sentir desmotivado a jogar. Ocorre ainda um problema relativamente grave de compatibilidade: o criador optou por usar imagens do filme original como faces dos personagens. Seria uma boa idéia, se os chars fossem parecidos com os atores, o que não é o caso.

Nota: 6,5

Trilha sonora: Calma durante a maior parte do gameplay, tensa em algumas cutscenes. A trilha sonora faz um bom trabalho, desde as BGM’s até os efeitos produzidos pelas SE’s e ME’s.

Nota: 8,5

Mapeamento: Uma área controversa. Os mapas de Seven Samurai não são “realísticos” como o de alguns de seus concorrentes. Ocorrências como: vasos formando o caminho de saída de um mapa e botões indicando onde levar o herói são considerados erros por alguns e estilo próprio pelo criador. Porém, alguns pontos devem ser notados: na montanha onde aparece a cena dos bandidos há diversos errinhos no uso do tile da montanha; no mapa da ponte, a ausência de uso do tile de sombra deu um mal aspecto ao mapa. O simples fato de adicionar dois tiles de sombra do lado direito da ponte transformariam o mapa no mais belo do jogo; alguns autotiles estão mal configurados, como o das flores por exemplo. Porém nem só de laranjas podres vive esse cesto. O “mini-mapa-mundo” foi muito bem bolado, o caminho para o cemitério está muito bonito e a forma como o criador reproduziu as plantações de arroz foi bem feita.

Nota: 6

Batalha e Base de Dados: Usando o padrão do RPG Maker XP, o jogo não se destaca por inovar nessa área. Apesar de tudo, as batalhas estão num bom nível de dificuldade, nem fáceis demais, nem difíceis demais. Há um bom trabalho de contextualização nessa área: como os personagens principais são fazendeiros , eles não são familiarizados com a arte da espada, logo não possuem técnicas ou grande habilidade de combate. Cabe ao jogador recorrer ao trabalho em grupo e apelar para a maior quantidade de personagens contra os monstros inimigos. De um total de 10, tiro 0,6 pela pouca quantidade de opções na batalha, 0,1 por um bug na animação de um inimigo.

Nota: 9,3

Jogabilidade: Um dos bons pontos do game. Seven Samurai aposta numa jogabilidade simples. O jogo parece ser adepto da filosofia “menos é mais” e acaba acertando ao produzir uma peça agradável de se jogar.

Nota: 8

Considerações Finais: O jogo parece possuir o mais difícil, que é manter o jogador com vontade de jogar, porém falha nos aspectos mais fáceis de se aprender. Não há dúvidas que com mais prática com a engine, Seven Samurai pode se tornar um game excelente.

Enredo: 7,5
Gráficos: 6,5
Trilha Sonora: 8,5
Mapeamento: 6
Batalha e Base de Dados: 9,3
Jogabilidade: 8

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