domingo, 18 de março de 2012

Avaliação nº 04/2011 - Jurado: Alex Rodrigues

Seguindo o formato das regras do RMA11, irei postar apenas os textos avaliativos dos 6 jogos indicados ao prêmio de Jogo do Ano. Ao final da postagem também colocarei as indicações de cada quesito e o link para download da versão no formato .pdf de minhas avaliações.



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The Song Of Dragons
Nota: 10,00

The Song Of Dragons foi impecável todos os quesitos. O jogo se destacou de tal forma que me senti obrigado a pô-lo em primeiro lugar em todas as categorias. É uma obra de arte que merece destaque. O Enredo é bastante rico em detalhes e informações, apresenta diálogos bem elaborados e uma estrutura complexa que põe o jogador num mundo próprio e envolvente de rpg: 10,0.


A jogabilidade por si só dispensa comentários. Todos os sistemas e todo um conjuntos de fatores, tais como desevolvimento e evolução, foram muito bem programados e merecem o devido destaque. É uma experiência única e que vale a pena ser sentida em TSOD: 10,0.

A trilha sonora é uma sinfonia que hipnotisa o jogador em todo o decorrer do game. Um show hamônico que não poderia ser diferente num cenário tão agradável de se jogar: 10,0.

Falar do mapeamento se torna desnecessário quando se vê duas ou três screens do jogo. Aqui não vou me dar ao trabalho de escrever mais nada. As imagens por si só já dizem tudo. Afinal de contas: uma imagem vale mais que mil palavras! 10,0.

Quanto aos gráficos, idem no item anterior: 10,0.

Bom, o cenário não poderia ser diferente do demais quesitos. O conjunto da obra já é mais que suficiente para – consequentemente – ter um cenário incrível e ímpar: 10,0.


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Escudo de Ouro
Nota: 9,08

O enredo de Escudo de ouro se desenvolve em mundo organizado e bem composto em todos os aspectos. Há diferentes territórios, uma história interessante (e muito criativa) de se jogar, numa ambientação bem situada e personagens com características que se encaixam perfeitamente em seus respectivos papeis. Clima de suspense é outro atrativo que enriquece o conjunto da obra: 9,5

A jogabilidade é um tanto quanto complexa, visto que alguns sistemas – principalmente o dos Cristais – forçam o jogador a praticar bem para o entender. Planejar bem e com bastante cautela a evolução do herói para assim traçar a estratégia ideal do jogo: esse deve ser o divisor de águas da aventura. O desenvolvimento segue de forma organizada e orientada, conduzindo o jogador a executar algumas quests iniciais que vão modelando o personagem e adaptando-o ao cenário. A diversidade de recursos para traçar a estratégia de jogo é um dos pontos fortes do game. Os diálogos foram muito bem estruturados, sem erros ortográficos e de sintaxe, tornando a leitura fácil e compreensiva: 9,5

Trilha sonora agradável e bem encaixada nos diferentes ambientes. Porém nada de muito especial, visto que não pude perceber OSTs, mas sim uma variedade de ripagens – bem selecionadas inclusive: 8,0.

O mapeamento ficou praticamente impecável. Pude notar apenas um bug no início do jogo, mas nada que manche a beleza do conjunto da obra. O que poderia ter sido aprimorado era o tamanho de alguns mapas interiores, que, em minha opinião, ficaram grandes. Nada que prejudique a estética, mas poderia ser um pouco reduzido para facilitar o detalhamento: 9,5

Graficamente o jogo apresenta alguns recursos que chamam muito a atenção devido ao capricho na edição, fazendo-se necessário salientar exemplos, como o mapa disponível logo no início e a title que, embora seja simples, não pecou em erros comuns como os exageros no efeitos de relevo e cores muito chamativas. Vale frizar também que é perceptível um trabalho considerável de ripagens e edições de ícones, chars, title, etc. Apesar de todos estes pontos positivos, o jogo, ainda assim, explorou bastante o RTP: 9,0

O cenário como um todo está muito bem organizado e sincronizado. Aqui não há muito o que se falar, pois cumpre com o esperado em um jogo do gênero: 9,0.


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Lustria: A Maldição do Sangue
Nota: 9,00

Lustria traz um enredo inovador, onde o protagonista é um vampiro da “Ordem da Luz” que falhou numa importante missão e, consequentemente, contraiu uma maldição que a carrega consigo na busca por uma redenção. Num cenário macabro e misterioso, Eyes irá enfrentar grandes – e difíceis – inimigos para cumprir sua missão. O enredo mostrou muito potencial nos poucos minutos da demo. Apresenta uma estrutura complexa e bem organizada em diversos aspectos, além de uma apresentação bem atraente. Se bem trabalhado, sua versão final poderá ser um grande sucesso: 9,5.

A jogabilidade foi outro ponto marcante: sistema de batalha bem customizado, cenas impecáveis, base de dados organizada, mas um pouco equilibrada. Houve um pequeno exagero na hora de distribuir os itens e na evolução dos atributos: 9,0.

A trilha sonora ficou bem encaixada no cenário, interagindo harmonicamente com o ambiente, cumprindo seu papel sem deixar muito a desejar. Os recursos do RTP foram bem explorados e aproveitados. Foi possível perceber, salvo engano, a presença de trilhas originais. E assim considerei: 9,0.

O mapeamento ficou bom: mapas bem preenchidos e detalhados. O único problema que percebi foi em detalhes bobos, como por exemplo, nos limites dos mapas exteriores, pois em alguns momentos fica difícil saber onde há um teleport. Mas nada grave que prejudique o “todo”.: 9,0.

Quanto ao emprego de recursos gráficos, Lustria fez bonito no pouco que apresentou off-RTP. A edição gráfica foi acima da média: 8,5.

O cenário de Lustria apresenta uma atmosfera sombria e fantasmagórica, se encaixando muito bem no enredo e estilo de jogo: 9,0.


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Maker History
Nota: 8,92

O jogo começa numa versão real do Rpg Maker Awards, em algum lugar do Brasil. Trata-se de uma aventura fantástica protagonizada pelos principais participantes da edição 2010 do evento, os quais entram numa estranha máquina que os envia para um jogo de RPG feito pelo próprio maker. Com um enredo, ao meu ver, original e muito divertido, Maker History pouco deixou a desejar no quesito: 9,0.

A diversidade de personagens jogáveis e os excelentes sistemas que compõem todo o processo de evolução do enorme grupo, além de uma divisão que possibilita jogar, em alguns momentos do jogo, paralelamente em quatro diferentes ângulos. O fator estratégia está impecável, tornando o jogo único em termos de jogabilidade e fazendo-o digno de receber a nota máxima neste quesito: 10,0.

A trilha sonora é um mesclado de RTP-XP com RTP-VX e algumas músicas clássicas que conseguem proporcionar um clima bastante agradável sonoramente, hamonizando, sem dificuldades, a relação ambiente-som. Apresenta também algumas BGMs originais, o que contribui para uma nota bastante elevada: 9,0.

Outro ponto forte do jogo está no mapeamento: mapas bem preenchidos e em tamanhos adequados a cada ambiente. O que faltou aqui foi explorar um pouco mais os recursos e incrementar mais efeitos. Mas, nada grave ou que venha a comprometer o quesito: 9,0.

Os elementos gráficos foram incrementados numa quantidade razoável, mas não pecaram em qualidade. Maker History foi projetado aproveitando bem o que o RTP tem de melhor e adaptou muito os recursos adicionais: 8,0.

O cenário está dentro do que se espera de um grande jogo. A mistura do real com o virtual deu um toque especial: 8,5.


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Safira: A gata siamesa
Nota: 7,00

Uma historinha muito simples e um jogo bem divertido. Assim pode-se resumir o “quase curta” Safira, de Solon Barcelos. No quesito enredo o game não se destaca muito, visto que a simplicidade e falta de originalidade o compromete neste item. O jogo consiste apenas em salvar gatinhos(as) e eliminar o vilão ao final de cada fase. Foi o ponto fraco, infelizmente: 5,0.

A jogabilidade, no sentido literal, é boa, mas não há recursos para se elaborar uma estratégia de jogo, além de evoluir de forma praticamente linear. Não há menu de itens ou equipamentos, pois os mesmos são utilizados de forma automática; sem a possibilidade de estocá-los. O lado positivo deste quesito ficou por conta da diversão proporcionada ao jogador: 6,5.

A trilha sonora, assim como os demais recursos de áudio, foram muito bem selecionados e aplicados, criando uma clima de perfeita harmonia com o ambiente. O único ponto negativo aqui foi a ausência de uma trilha original: 8,5.

O mapeamento foi um ponto de destaque do jogo. Mapas bem desenvolvidos e projetados com recursos de tilesets que deram um certo tom de originalidade, porém faltou um pouco mais de criatividade, devido ao pouco uso de recursos e efeitos adicionais. Nesse aspecto, o jogo foi de certa forma razoavelmente explorado. O uso do RTP foi predominante, porém bem aproveitado dentro de seus limites: 8,5.

Em termos de recursos gráficos o jogo de certa forma bem incrementado com imagens bem trabalhadas e uma title, embora simples, bem editada: 8,5.

O cenário, seguindo a tendência do jogo, é simples e nada inovador. Lembra de longe Sonic: The Hedgehog (SEGA, 1991), além de não haver muita relação entre uma fase e outra: 5,0.


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As aventuras de Tonti
Nota: 6,83

O jogo se assemelha bastante, no quesito enredo, ao Safira: A gata siamesa. Consiste basicamente em coletar cristais e fugir de inimigos: 4,0.

A jogabilidade é boa, evolui de forma praticamente linear e aparentemente tem as limitações da ausência de menus interativos de itens e equipamentos. A diversão proporcionada ao jogador não é possível de ser mensurada em maiores detalhes, pois a demo é bastante curta: 6,0.

Pouquíssimos recursos de áudio e uma trilha sonora de única música, visto que a demo se resume em uma fase apenas. No geral, se assim posso dizer, não há o que reclamar, embora seja bastante limitado o quesito. Mas vou julgar pela qualidade; não pela quantidade: 8,0.

O mapeamento está bom, mesmo sendo full RTP. Não observei nenhum bug ou falha de mapeamento que mereça destaque. Ausência de recursos e efeitos por parte do mapper atrapalhou um pouco a qualidade, pois o deixou simplório: 7,0.

Quanto aos gráficos, aqui vale a pena salientar o esforço e talento na aplicação e edição dos recursos. As cores escolhidas deram um tom bastante harmônico e muito agradável. O único deslize aqui foi a HUD que poderia ficar com um efeito translúcido para não atrapalhar tanto a visualização do mapa e os gráficos de textos (início da fase e opções do title) que receberam um relevo exagerado: 9,0.

O cenário ficou muito simples. Embora não hajam elementos suficientes para uma avaliação mais elaborada e justa, vou me limitar a qualificar o quesito com uma nota intermediária, dentro das possibilidades que disponho: 5,0.


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Considerações Finais


Caros amigos makers,

Foi um prazer fazer parte do Rpg Maker Awards 2011 na qualidade de avaliador. Principalmente após os fatos ocorridos na última edição, quando me vi obrigado – por motivos particulares – a abandonar o barco. Mas, felizmente, agora a história foi diferente. Confesso que foi trabalhoso, desgastante e cansativo avaliar todos os jogos e depois transcrever todas as minhas experiências em forma de textos avaliativos. Jogar e, apenas jogar, é muito bom, divertido e prazeroso. Mas... jogar e avaliar todos os detalhes é uma outra história.

Espero que gostem deste pequeno documento, pois aqui está a essência de todo o trabalho. Gostaria de ter elaborado textos mais longos e detalhados e, principalmente, de todos os jogos do RMA, mas infelizmente não pude dispor de tempo livre suficiente para isso. Foi por esses motivos que fiz apenas um resumo do que pude ver e apreciar de melhor do RMA. Alguns jogos não foram citados devido a dois motivos: primeiro que o regulamento trouxe um modelo de avaliação que possibilitava esse tipo de situação; e segundo pelos motivos anteriormente expostos. Mas isso não significa que tais jogos foram esquecidos ou desmereceram figurar no evento. Foi uma questão de sobrecarga de atividades aliada a falta de tempo.

Quero deixar uns esclarecimentos aqui acerca de dois jogos em particular.

1. Angels Of The Chaos: o arquivo disponibilizado para download vinha corrompido, tornando assim impossível jogá-lo e, posteriormente, avaliá-lo;

2. FF Tatics II: link quebrado.

Meus sinceros agradecimentos pela participação de todos nesta primeira fase do RMA e parabéns a todos os participantes.

Alex Rodrigues
Avaliador

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