sexta-feira, 4 de março de 2011

AVALIAÇÕES - Jurado: Leandro de Barros

A seguir as avaliações do jurado Leandro de Barros para o jogo Em Busca da Felina da Noite.


EM BUSCA DA FELINA DA NOITE

ENREDO:

4 amigos da pesada vão viver grandes aventuras em busca de uma felina muito louca. BFN é um jogo de comédia que não se leva muito a sério, pensando sempre na diversão, e cumpre seu objetivo com louvor. BFN diverte o jogador a todo o momento em grandes cenas, ou pequenos momentos e brinca consigo mesmo em várias partes, mas sem deixar de lado o humor crítico, direcionado a várias atitudes do cenário maker brasileiro, principalmente com a sua Comissão de Avalilão de Jogos. Diálogos bem feitos, trocadilhos engraçados, acontecimentos divertidos, BFN tem de tudo um pouco. É de ressaltar que BFN possui sua "linha" do enredo básica, mas tem um, ou vários, mundos além disso. O jogo faz homenagens aos jogos favoritos do autor com "mundos paralelos", contando suas histórias. 

NOTA: 9,8

SISTEMA DE BATALHA:

Usa um sistema de turnos, com vista lateral. Cada personagem tem sua função bem característica: Charlie é o curandeiro e, no começo, é quase imprestável para atacar; Shiroi usa e abusa das magias de cura e de mudança de status; Mun ha é um atacante "habilidoso" e GNU é a força física e mágica extrema. Aliás, se não fosse por GNU no começo, eu teria morrido várias vezes. O mais legal foi uma espécia de "transição de importância" entre os personagens durante as batalhas. Os monstros são apelões! Nível de dificuldade altíssimo! Mas, apesar de ter encalhado algumas vezes, quando derrotava os mais difíceis, dava um sentimento de "missão cumprida". Gostei da criatividade na criação dos montros e maneiras de derrotá-los.

NOTA: 8,5

TRILHA SONORA:

Por ser um jogo de humor, é esperado uma certa "tosquice" em algumas partes. A trilha sonora é que mais sofre com isso. Muitas músicas "cantadas" durante o mapa as vezes atrapalham. BFN também tem um tradicional sonzinho sempre que aparece uma piada ou um trocadilho. Em termos gerais, a trilha sonora acaba prejudicada pelo excesso, algumas vezes do volume, algumas vezes das músicas que acabam cansando um pouco.

NOTA: 7,5

MAPEAMENTO: 

O mapeamento em BFN é mediano. Em alguns pontos existem erros clássicos, cometidos pela maioria dos que iniciam sua carreira no maker: montanhas com vários tiles retos, árvores em linha, detalhamento quase nulo, chover dentro de áreas cobertas como casas, cavernas, também consegui andar por algumas paredes, etc. Em outros pontos inova e tenta suprir a ausência de recursos específicos com uma relativa criatividade, como por exemplo durante os Mundos Extras, que são homenagens a diversos jogos. Nesses mundos, passamos do Japão Feudal, para Hyrule e a sede da Shinra em minutos.

O tileset do VX não suporta tamanha diversidade de cenários, mas o autor consegue neutralizar esse ponto fraco usando a criatividade, como por exemplo no mapa que retrata o mundo de Genji, o autor usou muito bem um tileset de telhado para simular um Castelo Japonês ou a Floresta da Ilusão, que é feita no melhor estilo dos RPG's antigos do SNES.

Como já referido, pontos de criatividade constratam com erros clássicos de mapeamento, o que diminui a nota. Eu sou da opinião que mais vale 5 mapas 20x20 do que 1 100x100 e, se BFN diminuísse o tamanho de seus mapas, talvez não fosse preciso duas Áreas de Preservação.

NOTA: 7

GRÁFICOS: 

A maior parte vem do RTP. Menus, tilesets, chars, faces, animações, quase tudo do RTP. Isso demonstra falta de inovação, mas não acrescenta um aspecto negativo no jogo. Afinal, se está ali é para ser usado, certo? Apenas peca um pouco na parte da "Originalidade". O jogo contém vários battlers belíssimos que não fazem parte do RTP, que foram um colírio aos olhos. As batalhas ficaram simplesmente lindas com aqueles battlers. A title fica muito a desejar. BFN também acaba por repetir muitos recursos, como chars, faces e alguns battlers. É o preço a pagar por usar quase exclusivamente o RTP.

NOTA: 6,5


JOGABILIDADE:

Em BFN seguimos uma linha direta até quase o final do jogo. Vamos de A pra B e depois pra C. As vezes ficamos sem a coordenada exata de onde ir, ou o jogo diz "Vá para a parte X da cidade" mas não sabemos onde fica X. No final, começamos a explorar mais os mundos paralelos, o que é um ponto extra. Fora isso, não houve nenhum grande problema de jogabilidade.

NOTA: 8

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