quinta-feira, 3 de março de 2011

AVALIAÇÕES - Jurado: Izzy Mignot

A seguir as avaliações do jurado Izzy Mignot para o jogo Natureza.


NATUREZA

Enredo
Natureza tem um enredo aparentemente genérico, mas não manjado. Isso porque depois de jogar um pouco, eu pude ver como tudo é mais "colorido", "feliz" e "aventuras de montão" do que se espera, o que dá um charme especial. Porém, se analisado detalhadamente cada aspecto dentro do enredo, notam-se algumas falhas e pontos bem negativos. O Gomi parece ser incapaz, imaturo, ou negligente demais para assumir a missão. Digo, há no jogo uma tentativa (sem sucesso) de passar seriedade ao mesmo tempo que há um ar de "vamos nessa aventura!", que juntos não combinaram nem um pouco. É tudo simultâneamente bobo e tenso demais.

A maioria dos diálogos (com excessão de alguns entre Gomi e Helena) são fracos e exploram sem muita perícia o que a história pode oferecer. E são vários os erros ortográficos.

A estrutura do vilarejo está quase coerente (não deveria haver algum muro, torre, guarda, já que existem batalhas e forças militares?) e proporciona uma imersão razoável, mas achei os NPCs MUITO vazios e sem graça.

6,2


Gráficos
O autor usou o RTP, com alguns add-ons, nos mapas e seus efeitos. Title original e agradável, windowskin legal. As faces estão muito padronizadas, poucas coisas mudam na feição de uma para outra. Mas estão bonitas. Achei que o menu poderia ser graficamente mais customizado ou trabalhado. E os chars, não sei até onde são originais, mas grande parte é de qualidade.

6,9


Trilha Sonora
Ruim. Ok, o autor não quis providenciar nada original. No entanto, já que é o caso de poder pegar qualquer coisa por aí, que pegue as com sentido para o jogo. Não entendi a mescla de variados tipos de músicas a cada instante (aliás, quem entendeu?). É claro que num jogo que ainda está no começo, não tem como ter uma ideia de qual o estilo, clima de música, que vai caracterizar e predominar no jogo, mas no caso de Natureza, é tudo mais confuso que o aceitável. O pior exemplo disso é quando estamos na vila com uma música feliz que quase combina, e passamos do nada para uma batalha que toca um "tecno-beat" nonsense, meio Phantasy Star.

Praticamente não tem BGS, e os SE foram bem utilizados.

4,5




Mapeamento
Dessa parte eu gostei mais. Se torna mais divertido andar pela vila, pela caverna, ou ver algumas cenas, sendo os mapas detalhados. Claro que não é nada fora do comum, incrível, mas está bom. Agora, algo que ficou ruim mesmo, foram os interiores da vila: são ilógicos, parecem uma espécie de casa mágica, que quando se entra é muito maior do que parece ser vendo por fora. E aí, por causa do tamanho, fica impossível de se trabalhar bem lá dentro.

7


Batalha de Base de Dados
A batalha do jogo não me agradou. Achei sem graça, mesmo pra uma demo pequena, ela poderia ter algo novo, ou estar mais bonita. E por que a opção de "Atacar" está entitulada de "Porrada"? Sério, não tinha nada melhor pra botar? Por que existem opções chamadas "Artes" e "Skill" na batalha, enquanto no menu só tem "Truques"? E são por essas e por outras que eu digo que não me agradou. Mas pelo menos a frequência está adequada, então tudo se mantém "jogável". Sobre os inimigos, sem comentários, tudo normal.

Já os itens do jogo são o ponto forte do jogo, por incrível que pareça. As lojas da vila oferecem uma boa quantidade de equipamentos. Alguns equips são encontrados soltos no ambiente. Até aí, nada de sensacional. Mas os ítens de "ação especial", como as botas pra correr que se ganham no começo, ou as luvas para empurrar coisas, abrem espaço para puzzles e quests inovadoras, que na minha opinião, podem mudar totalmente a cara do jogo numa próxima demo.

7,6



Jogabilidade
Demo curta demais para se tirar conclusões sólidas da jogabilidade. O único ponto que talvez seja negativo, não sei se foi por ignorância minha, foi a dificuldade pra achar Helena. Todo o resto tem um andamento padrão, que não traz tédio, mas também não diverte tanto assim.

7,7

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